quarta-feira, 14 de janeiro de 2015

Vale a pena ler – O Mundo de Gelo e Fogo

Tudo o que você sempre quis saber sobre Westeros e tinha medo de perguntar a George R. R. Martin

A saga dos personagens de Crônicas de Gelo e Fogo não começou com as disputas pelo trono de ferro. Este Guia inédito e ricamente ilustrado reúne um amplo material inédito que se estende desde a Era da Aurora até a Era do Heróis; a partir da vinda do primeiros homens até a chegada de Aegon, o Conquistador; da conquista de Aegon do Trono de Ferro até a Rebelião de Robert e da queda do Rei Louco, Aerys II Targaryen, o que tem causado as "atuais" lutas dos Starks, Lannisters, Baratheon e Targaryen.

Esta edição de luxo traz também informações e detalhes preciosos sobre todas as casas dos Sete Reinos e as cidades além do Reino do Pôr do Sol, e a árvore genealógica dos Targaryen e Starks.

Em uma colaboração que tem funcionado por anos, George R. R. Martin se uniu a Elio M. García, Jr. e Linda Antonsson, os fundadores do primeiro e mais importante site de fãs de As Crônicas de Gelo e Fogo, (westeros.org), talvez as únicas pessoas que conhecem este mundo quase tão bem quanto o seu visionário criador.

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Sobre a arte interna do livro, (as ilustrações, mais especificamente) posso dizer que muitos desenhos lembram quadros antigos, trazendo aquela sensação real de estarmos lendo um livro de história. Não temos nada de desenhos estilizados ou que lembre super-heróis.

São ilustrações com aquele ar de Era Vitoriana, retratando os Reis Targaryen, e os principais locais de Westeros e Essos com perfeição.

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O que O Mundo de Gelo e Fogo nos traz?

Nos traz (quase) tudo o que gostaríamos de saber e não tinhamos para quem perguntar sobre Westeros e Essos e outros locais desconhecidos.

O livro é “uma obra escrita por Meistre Yandel” que tem como objetivo reunir lendas, histórias e trabalhos de outros meistres e criar um compilado para presentear o rei.

O fato interessante é que a primeira página traz uma dedicatória ao Rei Tommen, Primeiro de Seu Nome, Rei dos Andalos, dos Roinares e dos Primeiros Homens, Senhor dos Sete Reinos e Protetor do Território.

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Mas se vocês prestarem bem atenção, o nome Joffrey foi apagado, e o nome Tommen foi escrito por cima. Esse pequeno detalhe já faz você entrar no clima do livro.

Depois da introdução, onde Yandel explica o porquê resolveu escrever tal livro, temos o primeiro capítulo.


Capítulo I – A História Antiga

O primeiro capítulo trata sobre a História Antiga.

Ali poderemos ver relatos sobre A Era da Aurora, A Chegada dos Primeiros Homens, A Era dos Heróis, A Longa Noite, A Ascensão de Valíria, Os Filhos de Valíria, A Chegada dos Andalos, Dez Mil Navios, e a Perdição de Valíria.

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Todos esses eventos são citados em As Crônicas de Gelo e Fogo, mas são poucas as fontes que nos trazem informações precisas sobre esse período.

temos alguns fragmentos de histórias são tratados nos capítulos de Sam quando ele passa a estudar na biblioteca da Muralha. Outras parcas informações vem dos Meistres espalhados pela trama. Sabemos ainda, que na Cidadela há muita informação também, mas é a nossa querida e fofa Velha Ama que nos traz a maior quantidade de histórias sobre o período da História Antiga.

Objetivo da obra

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O objetivo desse livro é criar um passado mais robusto para o mundo criado por Martin. A História Antiga é tão antiga que carece de informações exatas. Em vários momentos veremos duas ou três linhas de raciocínio sobre o mesmo tema. Concluo que G. R. R. Martin não criou uma obra para ser considerada O Silmarillion de Westeros. Não. Ele decidiu seguir em outra direção.

Ele nos mostra um compilado de estudos. Uma reunião de suposições e pesquisas de antigos meistres que estudaram ou ouviram histórias. Ou seja, ele teve a sensibilidade de deixar algumas coisas ainda obscuras ou dúbias, quando tratou sobre fatos e acontecimentos datados de milhares de anos atrás.

Achei bem interessante essa abordagem de Martin.

Mas todas as histórias concordam que os troca-peles mais comuns eram homens que controlavam lobos – e até lobos-gigantes -, os quais tinham um nome especial entre os selvagens: wargs. O Mundo de Gelo e Fogo, História Antiga, A Era da Aurora – página 06.


A hora é divida em várias partes:

  • A Era da Aurora
  • A Chegada dos Primeiros Homens
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Aqui há um relato breve sobre o contato dos Primeiros Homens com os Filhos da Floresta, e uma cena ilustrada, ricamente detalhada, que mostra o Pacto entre esses dois povos.

É falado sobre os repressivos esculpidos e sobre a guerra entre esses dois povos, que durou gerações.

  • A Era dos Heróis
  • A Longa Noite
  • A Ascensão de Valíria
Valíria e sua ascensão

Aqui podemos ver alguma luz jogada sobre o assunto A Origem dos Dragões. Nos livros de As Crônicas, há menção de que os dragões vieram de Asshai.

Mas aqui, em O Mundo de Gelo e Fogo há menção de outras lendas, e os próprios valirianos afirmam que os dragões surgiram das Quatorze Chamas. Mas o fato que, até então, parece inquestionável é que foram os vagiríamos que os domaram pela primeira vez.

Gostei das informações que Martin nos deu aqui.

  • Os Filhos de Valíria

Aqui podemos ver um pouco mais sobre Valíria e seu crescimento estrondoso, e consequente expansão territorial.

E olha que não estamos falando da conquista de Westeros. Traz informações, até então desconhecidas. Fala um pouco sobre o misterioso aço valiriano.
  • A Chegada dos Ândalos

Pouco sabíamos sobre os Ândalos e sobre as motivações que os levaram a desembarcar em Westeros.

Podemos entender agora cronologicamente. Temos uma nova informação. O crescimento de Valíria e a decisão dos Ândalos em fugir ao invés de enfrentar os senhores dragões.

Percebam que Martin começa a colocar problemas políticos, guerras expansionistas, e outros elementos para que tudo faça mais sentido.

Ele já faz isso em As Crônicas, e agora podemos ver isso no passado dos povos. Há relatos interessantes sobre reis vândalos enfrentando senhores descendentes dos Primeiros Homens em Westeros.

Uma curiosidade: Parece que o Tridente é um local ideal para grandes e importantes confrontos. Leiam e entenderão o que estou dizendo.

Foram os ândalos que trouxeram a Fé dos Sete, e podemos ver um pouco da origem do orgulho do Norte, e do por que ainda cultuam os antigos Deuses. Esse capítulo deixam muitas coisas mais claras.

No mais antigo dos livros sagrados, Estrela de Sete Pontas, dizem que os Sete andavam pessoalmente entre seu povo nas colinas de Ândalos, e foram eles que coroaram Hugor da Colina e prometeram a ele e a seus descendentes grandes reinos em terra estrangeira. O Mundo de Gelo e Fogo – A Chegada dos Ândalos, página 17

  • Dez Mil Navios
Podemos saber um pouco mais sobre Nymeria e seus dez mil navios. um assunto que sempre tive curiosidade, e depois de ler, percebo que valeu a pena ter esperado esse relato.

As lendas nos contam que Nymeria levou dez mil navios para o mar, na busca de um novo lar para seu povo, fora do longo alcance de Valíria e seus senhores dos dragões. O Mundo de Gelo e Fogo – Dez Mil Navios, página 23

Dizem que, entre os roinares que chegaram Dorne com Nymeria, oito em cada dez eram mulheres… mas um quarto delas eram guerreiras, segundo a tradição ronair, e mesmo as que não lutavam haviam endurecido durante as viagens e angústias que enfrentaram. O Mundo de Gelo e Fogo – Dez Mil Navios, p-agina 25

Nymeria e seus Dez Mil Navios

  • Perdição de Valíria

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Aqui temos o fim da era dos dragões em Essos.

Aqui Martin expande a aparição dos Targaryen em Westeros. Até então, em As Cronicas de Gelo e Fogo, poucas informações haviam sobre eles antes da Conquista e apenas algumas passagens dos livros que levavam a crer que Aegon desembarcou com suas irmãs em Westeros e apenas para conquistar os reinos.

Podemos ver aqui que há relatos anteriores que confirmam que muitos westeros já haviam visto um senhor dos dragões sobrevoando o Água Negra.

Aqui diz que Pedra do Dragão foi fundada 200 anos antes da perdição de Valíria.

Uma informação que não tinhamos em As Crônicas. Por isso digo que apenas Martin expandiu a história Targaryen em Westeros.


Possivelmente encontraremos contradições entre essa obra as Crônicas, mas contradições que serão “culpa” dos meistres da época. Se alguns entendem que isso não é uma expansão, ao menos terá que concordar que Martin jogou muita luz nesse assunto, que até então era obscuro e de difícil entendimento.

Assim, mostra que westerosi tiveram contato, ou souberam da existência dos Targaryen muito antes do Desembarque de Aegon.

É triste ver como se deu a Perdição e a queda de um império tão glorioso.

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Fonte de pesquisa: http://www.drunkwookie.com.br/


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